terça-feira, 21 de janeiro de 2014

A educação do meio rural





A ESCOLA DO MEIO RURAL: A EDUCAÇÃO EM SÃO SEBASTIÃO (1966-1970)


Há algum tempo a educação tem me despertado o interesse por observar um grande número de iletrados nas comunidades periféricas de Teresina. Isso, talvez, por manter um contato frequente com pessoas que não possuem intimidade com as letras por não terem passado por um processo de letramento na idade adequada. Apesar de tudo isso, elas não demonstram um total desapego em se tornarem alfabetizadas. Fato que me instigou a refletir e questionar a condição desses iletrados. Não seriam eles vítimas do sistema de ensino que falhou em não assisti-los? Ou são frutos do seu próprio contexto que os estimulam a priorizar a luta pela sobrevivência em detrimento da escola.
Mas para tanto, não poderia haver ocasião mais oportuna para me aprofundar na questão do que a pesquisa monográfica, que vai me ajudar examinar melhor o processo educacional de ensino, principalmente por compreender o analfabetismo como um problema crônico que persiste entre nós e a sociedade ainda não encontrou os caminhos para sua erradicação, apesar dos incontrastáveis avanços, sobretudo da década de 1960 para cá.
Assim me encaminho às circunstâncias históricas da região que se situava o povoado São Sebastião, identificado dentro de uma conjuntura agrário pastoril onde a Igreja católica ainda mantinha uma atuação catequizante e assistencialista para suprir a carência do Estado nas regiões ruralizadas, para proceder à pesquisa da vida de sua comunidade no que diz respeito à educação no seu meio social. O período é compreendido entre 1966 e 1970, coincidente com o governo de Helvídio Nunes de Barros, chegado ao poder por via indireta. E é também nessa época que ocorre dois fatos próximos que julgo importantíssimos para Teresina e o povoado São Sebastião, que é o limiar da história da história da UFPI (Universidade Federal do Piauí) em 1968 e a formalização, mesmo com muita precariedade e improviso, em 1968 da primeira escola institucionalizada respectivamente. Razão pelas quais conceituo que elegi o recorte temporal.
A escola que havia antes não fornecia documentos por falta de uma institucionalização, e consequentemente tampouco existia um seriamento para a estratificação no ensino. Neste quadro encontramos as atividades de ensino nas cercanias do povoado São Sebastião no município de Teresina, onde a educação formal não era considerada essencial para a sobrevivência do homem local. O pequeno agricultor além das atividades religiosas, que era um traço marcante da comunidade e ainda o é, nas horas de folga praticava a pesca e a caça.
A escolha do tema da educação adveio e foi amadurecendo na observação de um fato comum que ocorria com grande parte dos membros das famílias numerosas, não assinam o próprio nome, apesar da atuação de projetos como EJA (Educação de Jovens e Adultos) que tem como público alvo jovens com 15 anos completos (Ensino Fundamental) e 18 anos completos (Ensino Médio), adultos e idosos, pessoas com deficiência, apenadas e jovens em conflito com a lei, que não tiveram acesso ou continuidade de estudos na idade própria; e o Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL), criado pela Lei número 5.379, de 15 de dezembro de 1967, que objetivava promover a alfabetização funcional de jovens e adultos, para lhes propiciar melhores condições de vida a partir do acesso às técnicas de leitura, escrita e cálculo para facilitar a integração da pessoa a sua comunidade.
O projeto que tinha como objeto de pesquisa a Educação no meio rural ganhou notas de segurança quando do contato com o livro de Antônio Sampaio Pereira, “VELHAS ESCOLAS-GRANDES MESTRES” (1996), que me foi apresentado pela professora Msc.  Márcia Santana Castelo Branco, no qual vislumbrei a oportunidade de iniciar pesquisa científica com o intuito de aprofundar-me no tema abordado, para examinar melhor o processo educacional no campo escolhido.
A proposta deste Trabalho é discutir a condição político-social e socioeconômica dos que habitam as áreas rurais sob o aspecto educacional, compreendendo o recorte espacial do município de Teresina, e mais especificamente o povoado São Sebastiao, no sentido de refletir sobre sua trajetória em um ambiente que, embora a dureza da luta pela sobrevivência seja uma constante, não se diminuía o respeito pelos conhecedores das letras, permitindo-se que analfabetos cultivasse grande estima e respeito pelos “disarnadores de minino” nos rincões onde o simples fato de reconhecer as letras poderia ser considerado algo raro, digno de elevação de “status”, ambiente semelhante ao que meus avós paternos vivenciaram.
            Discutido em um contexto que à necessidade de alfabetização contrapunha-se a necessidade de mão-de-obra para os trabalhos da roça em detrimento da apresentação às letras, apoiado no senso comum que orientava o campesino. Este foi por longos anos empecilhos para haver uma maior escolarização dessa população configurando-se um problema social. Somava-se a ele a falta de uma presença estatal, onde muitas vezes se acabava por deixar o ofício da apresentação das primeiras letras a cargo dos Mestres de varanda ou Mestre escola. Muitos deles autodidatas ou com pouca instrução, fizeram de suas labutas verdadeiras missões de vida, desmitificando o mundo das letras a muitas crianças e jovens desassistidos de instituição de ensino. E são os reflexos da ação, assim como a falta,  dos organismos de ensino formal que discutiremos neste trabalho.
            Nesse contexto encontramos a comunidade de São Sebastião no município de Teresina, na década que o Brasil assistia a uma troca de cadeira e papéis dos atores políticos que com um golpe militar tomam o poder político, no limiar da história da Universidade Federal do Piauí, tendo ainda que assistir a comunidades afastadas do núcleo urbano carentes de oportunidades educacionais. Esta localidade, como muitas outras que se encontravam num raio semelhante em relação ao polo de desenvolvimento que era a capital, tinha sua economia baseada na agricultura de subsistência e as pessoas que moravam agricultavam em terrenos próprios era a exceção.  
            Buscaremos amparo, dentre outros que se fizerem convenientes para a construção de um arcabouço teórico, assim como a compreensão de como se desenrolava a educação no contexto que nos propusemos, na análise do tema de Maria Lúcia de Arruda Aranha(2002), Alcebíades Costa filho (2006), Paulo freire (2002),Paulo Ghiraldelli Junior(2009),  Maria Lúcia Spedo Hilsdorf (2003), Sergio Selani Leite(2002), Antônio Sampaio Pereira(1996), José de Ribamar Torres Rodrigues(1985/99),  Otaíza de Oliveira Romanelli(1991), Vanda Silva(2004) para se chegar finalmente, com as devidas ponderações e reflexões, a uma visão mais íntima do processo discutido e examinado sob base teórica consistente, que sustentarão respostas para questões como: porque a região esteve por tanto tempo isolada? Porque a educação formal demorou tanto tempo para se implantar? Qual a percepção dos pais e estudantes sobre a Educação?  Qual o papel da escola dentro da comunidade? Os mestres tinham conscientização sobre si mesmo e o desenvolvimento geral dos seus alunos?
            Os procedimentos metodológicos que serão utilizados guiará a pesquisa de modo particular sobre a pesquisa bibliográfica e hemerográfica sob análise de fontes coletadas no APUP (Arquivo Público do Estado do Piauí), atas de reunião dos professores da primeira escola da comunidade.
            Penetrar no cotidiano das comunidades rurais de outras épocas somente através de legislação ou relatório escrito por autoridade de ensino é tarefa muito difícil, para não dizer quase impossível. Faz-se necessário o uso de outras fontes que serão encontradas através da pesquisa, na busca de dados relevantes convenientes obtidos com a insistência do pesquisador, com objetivo de se chegar à novas conclusões a partir da bagagem experimental de vida das fontes orais que serviram de esteio para a construção deste trabalho monográfico, que se divide em dois capítulos. O primeiro abrange a educação informal num contexto geral sob o foco de Brasil desde o seu nascedouro, analisando sua relação com o Estado que denuncia o grau de importância recebido. O segundo vai enfocar a situação que se encontravam as comunidades rurais no aspecto educacional revelando os anseios da comunidade perante a necessidade ou não de estudo para manutenção de sua sobrevivência.
            Todo o material coletado versará sobre a educação no meio rural de Teresina no período compreendido entre 1.966 e 1.970, na busca de se observar o comportamento dos organismos públicos, assim como a sociedade rural em torno educação. E isto se dará através da análise criteriosa de todo o material levantado relevante à pesquisa, para que o resultado da mesma não venha por finalidade distorcer, agredir ou adulterar conteúdo principal, mas enriquecê-lo transformando-o em conhecimento.


quarta-feira, 27 de novembro de 2013

A tecnologia como recurso didático



A tecnologia como recurso Didático
A geração que ocupa as salas de aula atualmente nasceu na era em que as tecnologias da informação se apresentam com uma volatilidade como nunca visto antes. Os alunos estão antenados nas transformações, fazendo uso das redes de transmissão de dados para se comunicar com parentes e amigos, tanto dentro como fora do ambiente da escola. Por ser muito volátil, a tecnologia está sempre se reinventando, o que faz com que ocorram fatos quase inimagináveis.
Os alunos atualmente têm presente em suas vidas um mundo de artefatos carregados de tecnologia. Porém, ainda se veem obrigados a passar longas horas nas salas de aula tradicional, que nada lembra o mundo deles.
Acaso se pergunte a um (a) estudante do ensino fundamental o que é uma ficha telefônica, muito provavelmente ele (a) vai responder que não sabe do que se trata. A velocidade da evolução tecnológica é tamanha que as pessoas com pouco acesso aos recursos tecnológico poderiam se surpreender quando esclarecidos da forma como a tecnologia nos envolve sem distinção.
Conforme Kenski, a tecnologia não é percebida de maneira clara no dia a dia, para evidenciar isto basta que lembremos que:
Muitos dos equipamentos e produtos que utilizamos em nosso cotidiano não são notados como tecnologias. Alguns invadem nosso corpo, como próteses, alimentos e medicamentos. Óculos, dentaduras, comidas e bebidas industrializadas, vitaminas e outros tipos de medicamentos são produtos resultantes de sofisticadas tecnologias... Tudo o que utilizamos na nossa vida diária, pessoal e profissional utensílios, livros, giz e apagador, papel, canetas, lápis, sabonetes, talheres, são formas diferenciadas de ferramentas tecnológicas ( p. 19, 2003)
Então, não podemos depreender que seria uma contradição manter nossos alunos a parti deste processo contínuo justamente no espaço que mais ele poderia se beneficiar do uso orientado dos recursos tecnológicos que podem ser usados em sala de aula?
Ultimamente se tem verificado o desinteresse por parte dos alunos que frequentam as salas de aulas, que continuam com a metodologia que outrora fora sinônimo de sucesso no repasse de conteúdo pedagógico nos mais diferentes tipos de escolas. São as salas que não conseguem inovar de modo a contribuir com a concentração dos alunos, diante do nosso modelo conteudista de ensino.
            As aulas tradicionais discursivas expositivas já não conseguem corresponder as suas demandas de ensino. Os objetivos tornam-se cada vez distante, visto que parte dos alunos se dispersam, ou às abandonam, para povoar os corredores e pátios na companhia de seus equipamentos que utilizam para acessar as redes sociais, ou mesmo para “matar o tempo”, sempre com seus fones de ouvido em uso; outra parte que não se evade, permanecendo diante do que consideram uma “tortura”, que se atenuaria mediante o uso de outras linguagens pedagógicas.
Os alunos têm seu rendimento prejudicado pela falta de mecanismos que inove a metodologia de ensino a fim de melhorar a relação ensino aprendizagem, diante de uma clientela que não estacionou perante as tecnologias que se superam a cada dia. A sala de aula com este formato, considerado superado por muitos, tem seguramente papel importante nas causas que surtem nos altos índices de reprovação, repetências, evasão e queda do rendimento escolar observados no estágio obrigatório.
            Às disciplinas que requerem um alto grau de abstração para se alcançar uma apreensão e consequentemente uma compreensão adequada dos conteúdos, como exemplo a História, fazem-se necessário o uso de âncoras virtuais plausíveis que facilite ao aluno se situar em um ponto material inteligível para que se possa obter uma melhora na relação ensino aprendizagem. O que seria bastante razoável pensar os recursos tecnológicos como ferramentas que postulam este objetivo.
Esta visão de mediador dos impasses, que possam prejudicar o bom andamento da sala de aula assim como o resultado final da ação pedagógica, é matéria dos docentes que se preocupam com os objetivos a serem alcançados, sempre vislumbrando o processo de emancipação e inclusão do aluno.
Para que isso seja possível, como lembra Luckesi:
Um educador, que se preocupe com que a sua prática educacional esteja voltada para a transformação, não poderá agir inconsciente e irrefletidamente. Cada passo de sua ação deverá estar marcado por uma decisão clara e explícita do que está fazendo e para onde possivelmente está encaminhando os resultados de sua ação ( p.46, 1995).
Isto se encaixa perfeitamente com a discussão do grupo de apresentação de seminário, do dia 26-11-13, que abriu um debate sobre o conceito, diferença e igualdade que existem entre o professor e o educador. E a escola não pode ser omissa diante do seu papel primordial de difundir conhecimento com métodos capazes de promover uma educação libertadora, formando cidadãos mais críticos. Isto passa pelas mãos do professor, que via de regra deveria ser antes de qualquer coisa, um educador.
Deparei-me com uma realidade que não foge ao habitual de grande parcela das escolas nas quais há colegas em estágio nas atividades de prática pedagógica assim como eu, e com os quais tive contato discutindo o assunto em questão. Professores acomodados com pouca, ou sem nem uma motivação para usar a tecnologia a seu favor, o que resulta em alunos também acomodados, que sem uma orientação farão uso da tecnologia para o entretenimento ao passo que deveriam ter esse uso continuado no espaço escolar, visto que, a partir de Carneiro, o uso da informática já faz parte do cotidiano deles:
O uso da informática no ambiente doméstico alterou o modo de lazer das crianças e adultos com a utilização de jogos, simuladores e dos diversos ambientes na Internet e tornou-se recurso adicional para pesquisas e trabalhos escolares pela utilização de aplicativos básicos, como editores de texto e programas para desenho, enciclopédias eletrônicas, sites da rede mundial e jogos educativos, ( p. 24, 2002)
 A realidade nos mostra que não podemos nos esquivar dos artefatos que possibilitam inovar, na sala de aula, com ferramenta que nos possibilitem resgatar a atenção do aluno. Integrar essa novas tecnologias à sala de aula ainda é pouco frequente e um desafio para professores, principalmente porque a formação, frequentemente, desconsidera essas tecnologias. Quando muito, geralmente, apresenta-se a teoria sem uma prática, o que garante a muitos docentes iniciar-se profissionalmente desprovido da intimidade com as ferramentas tecnológicas. Fora do processo tecnológico se distanciam processo de formação do homem que não se resume ao repasse de conteúdo e a aprendizagem.
Ao falar das novas tecnologias como recursos de interação, KENSKI afirma que:
Os novos processos de interação e comunicação no ensino mediado pelas tecnologias visam ir além da relação entre ensinar e aprender. Orienta-se para a formação de um novo homem autônomo, crítico, criativo, consciente de sua responsabilidade individual e social, enfim um novo cidadão para uma nova sociedade (p. 264, 2004).
 O computador é uma das tecnologias que mais se faz uso na atualidade, fato observado em todos os espaços da sociedade: social, individual, profissional, educacional, etc. Podemos usá-lo de diferentes maneiras no cotidiano, para se  comunicar, assim como para ter acesso a diferentes tipos de informações. Como recurso didático, oportuniza-se o fortalecimento das relações de ensino aprendizagem, onde as demandas de um sistema de ensino conteudista sejam correspondidas a partir de uma nova metodologia de ensino que contemple as expectativas de uma clientela que se nega a permanecer estanque dos avanços tecnológicos, e com eles seguem mesmo que seja meramente sob um prisma paradigmático.
As salas de aula precisam acompanhar os avanços de que a tecnologia nos dispõe para que, tirando proveito dos seus recursos, possamos diminuir a dispersão e o absenteísmo que tão fortemente as afetam na atualidade. Como sabemos o uso da tecnologia em sala de aula não é o milagre que vai salvar todos os casos, mas nós não temos o direito de não tentar por indolência ou acomodação, para não tirarmos o que muitas vezes pode ser a última chance que os alunos precisam para quebrar o círculo vicioso que vai do desânimo, baixo rendimento, repetência à evasão escolar.
Assim podemos concluir através das leituras, como também das discussões em sala de aula da disciplina de Tecnologia da Educação, ministrada pela professora Márcia Adriana, que o uso das novas linguagens é de extrema importância para a melhoria do ensino nas escolas que dependem de estratégias para que as aulas se tornem mais interessantes para sua clientela. E é só com empenho e dedicação que poderemos nos distinguir como educadores dos meramente professores.  
Referências
BRANDÃO, Zaia. Evasão e Repetência: a escola em questão . São Paulo, 1994.
CARNEIRO, R. Informática na Educação. Representações sociais do cotidiano. Nº 96. São Paulo: Cortez, 2002.
GUERRA, Fabiana de Paula & DINIZ, Leudjane Michelle Viegas. A incorporação de outras linguagens ao ensino de História. In: História & Ensino. Londrina, v.13. 2007.
LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo: Cortez, 1995.
KENSKI, V. M. Tecnologias e ensino presencial e a distância. São Paulo: Papirus, 2004.
VALENTE, José. O uso inteligente do computador na educação. Porto Alegre: Pátio, 1997.




segunda-feira, 18 de novembro de 2013

PEÇO LICENÇA PARA POSTAR ALGO QUE NÃO SE REFERE DIRETAMENTE AO MEU OBJETO DE PESQUISA, MAS COM IGUAL APREÇO ME ATRAI A ATENÇÃO: OS PERCALÇOS QUE O "DIRCEU ARCOVERDE" ENFRENTOU PARA VIR A SER O QUE É HOJE. 
RESUMO DE ARTIGO-IV SEMANA E V SIMPÓSIO DE HISTÓRIA-CCM

A PRÁTICA HIGIENISTA NO DIRCEU ARCOVERDE: AS DIFICULDADES DE SOBREVIVÊNCIA NO CONJUNTO HABITACIONAL DIRCEU ARCOVERDE (1977-1981)
*Elisnauro Araújo Barros
(Graduado em História UESPI-CCM)
**Antonio Carlos Carvalho da Costa
(Universidade Estadual do Piauí-UESPI)
                                                                                                                                                     
Com uma grande carência da falta de uma higienização adequada, o conjunto habitacional Dirceu Arcoverde, sofreu por não apresentar este item necessário ao convívio humano, em seus primeiros anos de ocupação, fazendo com que seus habitantes tivessem que lutar contra as péssimas condições existentes na região.  Procurando uma definição de espaço, como é abordado por Roberto Lobato Corrêa (2003), com o auxilio do significado higienista de Margareth Rago (1997) e Claudio Bertolli Filho (1999), observando a penetração de doenças no individuo, pela falta de higiene, bem definida por Peter Burke (2008), contrastando com leitura de Gilberto Hochman (1998), com sua visão voltada para a política sanitarista brasileira, e pontos de vista de Michel de Certeau (1999) e Nicolau Svecenko (1993) a respeito do assunto, para termos um olhar no campo histórico da questão aqui trabalhada. Trazendo reportagens do Jornal da Manhã, O Dia, e O Estado, para retratar este início complicado de ocupação desta região, juntamente com as memórias de moradores, que chegaram nesta região desprovida do básico ao atendimento salutar. Fazendo um contraste no período em que Teresina passava por um embelezamento urbanístico desde o início dos anos de 1970, deixando muitos indivíduos desfavorecidos, distante do centro da capital.



segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Comentário sobre o filme Orgulho e Preconceito
            O filme ‘Orgulho e preconceito’, baseado em obra da escritora Jane Austen, aborda a maneira com que a personagem Elizabeth Bennet lida com os problemas relacionados à educação, cultura, moral e casamento (única forma de uma mulher sem dote ascender socialmente) na sociedade aristocrática do início do século XIX e em uma época onde casamentos por interesses eram muito comuns na Inglaterra.
            Talvez por estar se tratando do seu lugar social combinado a uma sequência de senas que, seguramente, ela mesma viveu, Jane Austen tenha tocado nesses temas com sobras na propriedade.